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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 20 de abril de 2024
 

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Mensagem: Pagamento atrasado Manoel Hygino Em princípio de manhã ainda de outono, no período triste de pandemia pelos quatros cantos do mundo, volto à leitura de “Sob a sombra da noite”, em que o jornalista Roberto Elísio Castro Silva, nos sacia com excelentes crônicas antes publicadas na capital. A edição vai completar 20 anos, mas ganha mais sentido e expressão exatamente por isso. Para se medir a importância da obra, bastaria dizer que ela tem as duas orelhas com assinatura de Murilo Badaró, então presidente da Academia Mineira de Letras e prefácios de Aureliano Chaves e Antônio Álvares da Silva. A apresentação do autor, modestamente afirma que se trata de “lembranças recolhidas no passar do tempo, a partir da origem em Santa Luzia, suave terra onde nasci numa chuvosa manhã de janeiro”. O volume, porém, é algo como dito por Goethe, via seu personagem Werther, para quem “não há alegria mais verdadeira e cálida neste mundo do que ver uma grande alma que se abre inteiramente para nós”. É o que acontece. Por sua posição na imprensa escrita, essas crônicas passam a fazer parte da própria história de Minas, pela expressão dos personagens mencionados ou pelo que elas contêm de grandeza relacionada à cidade natal do autor, com sua riqueza impregnada na tradição preservada por um povo muito especial. Conto um caso descrito por Roberto Elísio envolvendo Geraldo Teixeira da Costa, Gegê, o homem da Imprensa do governador Bias Fortes, bem antes, pois, da reforma administrativa de Magalhães Pinto, com o prof. Paulo Neves de Carvalho como secretário de Administração. Naqueles dias, assoberbado, Gegê me procurou para consultar se eu não aceitaria substituí-lo no Palácio, na área de comunicação. Eu lhe respondi que dependeria de o prefeito Amintas de Barros me liberar de seu gabinete. A proposta foi esquecida, mas o problema seguiu. “O erário mineiro passava por penúria, com pagamento do funcionalismo atrasado, o chefe do governo extenuado, quando uma das filhas de Bias indagou de Gegê o que se deveria fazer para que o jornal não mais falasse do assunto e aliviasse o político barbacenense. A resposta veio de imediata: “Pague, uai”.

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